segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Um Cão Corajoso

Ana Tereza Fotografia
Olá pessoal! 

Fiquei emocionado com a história do "Cão Corajoso" e também com outras que minha mãe contou, como a da lagartixa que tinha um amigo de verdade, da formiguinha que voava e do pato que só sabia reclamar, este então, passou o maior aperto! Você pode curtir estas aventuras também meu amiguinho, estão no livro "História Contada Poesia Criada", de Inêz Drumond. Basta clicar no link que se segue para encontrá-las e se divertir: História Contada Poesia Criada.
Mas a do cão que é corajoso como eu, está logo abaixo.

O cachorrinho Duque nasceu cego, mas, não vivia triste por causa disto. Nada deixava de fazer por não enxergar, tinha um superfaro e uma ótima audição. Conseguia cheirar um ossinho lá na casa do vizinho, de longe escutava morcegos voando numa caverna e formigas conversando debaixo da terra. Assim, com coragem enfrentava todas as dificuldades.
Aconteceu dos cachorros da rua convocarem uma importante reunião. Decidiram ir em busca do famoso tesouro do lobo uivante, escondido há séculos na montanha das tempestades. Muitos tentaram achá-lo, mas, desistiram, voltavam apavorados porque o falecido lobo uivante de repente aparecia, monstruoso e ameaçador!
A solução era juntar forças e enfrentá-lo em grupo, valia a pena o risco, pois o tesouro era um enorme baú lotado com ossinhos de borracha, bolinhas pula-pula e, principalmente, com os mais raros e deliciosos biscoitos sabor de churrasco, só encontrados na distante cidade de Caninolândia.
No dia seguinte se encontraram no caminho para a montanha levando uma mochila com água, comida, lanterna, repelente para pulgas e o mais importante, spray de pimenta, a arma principal para afastar o lobo. Duque também compareceu, por nada perderia esta aventura, mas, eles o impediram. Disseram que não ficariam tomando conta de um cachorro cego, ele poderia cair em locais perigosos e ainda atrasá-los! O cãozinho pediu, implorou, mas, não adiantou.
Duque ficou muito triste, porque isso sempre lhe acontecia, deitou na grama enquanto todos se afastavam com o maior entusiasmo. Queria tanto ir, ele não era um inválido, sabia se cuidar, conseguia até diferenciar um barbeiro de um percevejo e, pensando assim, ficou por ali um bom tempo, chorando. De repente, sentiu no vento um cheirinho de pimenta, foi farejando e encontrou a mochila dos amigos. Que desastre, se esqueceram dela, agora estavam desprotegidos! Imediatamente a colocou nas costas e, com seu super faro, seguiu o rastro deles. Iria salvá-los!
A turma dos cachorrinhos já estava bem no alto da montanha das tempestades, quando pesadas nuvens tamparam o céu, escurecendo tudo. Ao procurarem a lanterna, apavorados, deram por falta da mochila. Foi então que um vento fortíssimo começou a assoviar e, em meio a relâmpagos e trovões, apareceu o enorme vulto do lobo, batendo com força suas patas no chão. Tremendo de medo se esconderam em uma caverna. Estavam perdidos! Não tinham como sair dali, morreriam de sede, de fome ou estraçalhados por aquele monstro.
Neste momento, escutaram os latidos de Duque, ficaram impressionados como conseguiu chegar até ali sozinho enquanto se perguntavam: E agora? Ele não pode ver o lobo, será devorado!
Paralisados com tanto horror, perderam até a voz! Duque, sem nada saber, parou bem em frente ao monstro, levantou a perninha e se aliviou, sabem né, estava apertado! Depois, continuou andando tranquilamente até a caverna.
Os amigos com os pelos em pé, perguntaram como ele teve coragem de fazer pipi no lobo. Que lobo? Nada dele ouvi e senti apenas o cheiro da árvore Chorona, respondeu o cãozinho. Todos ficaram envergonhados, o monstro não existia, tiveram tanto medo das sombras de uma árvore, com sua comprida folhagem, sendo balançada pelo vento. Pediram desculpas, porque não conseguiram avisá-lo do perigo. Duque achou muito bom por nada terem dito, do contrário ficaria com um medo que, na verdade, era deles, e isso não deve acontecer.
Enquanto foram comer o lanche que estava na mochila, Duque empinou o focinho, foi penetrando pela caverna, farejando e farejando, vira daqui, vira acolá, desce dali e sobe de lá, e gritou com todo entusiasmo: Encontrei! Eu encontrei o tesouro!
Quando voltaram fizeram uma festa, Duque foi premiado com grande parte dos estupendos biscoitos sabor de churrasco e recebeu o título de cão valente e fiel amigo. Porém, o que o deixou ainda mais alegre, foi conseguir ser aceito em todas as atividades que os companheiros combinavam. Isso, sim, era a maior felicidade que poderia desejar!

Agora vem mais diversão, complete os espaços vazios. Eu acertei todos:
                                                                                                 
Que seja um pio
Ou um assovio
O ouvido não erra
Escuto as formigas
Debaixo da -----
O que eu procuro
Mesmo no escuro
Farejo e farejo
Digo se é barbeiro
Ou se é ---------


Que lobo que nada
Ficou assustada
A turma fujona
Tremendo com medo
De uma -------

Virando daqui
Subindo dali
Até que avisei
O nosso tesouro
Eu já ----------




Respostas: (terra), (percevejo), (Chorona), (encontrei)



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